A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, palco inaugural do escândalo do mensalão, ainda sofre as consequências do aparelhamento político-partidário que foi submetida nos últimos anos, informa a edição desta quinta-feira (9) do Estado de S. Paulo.
Operando no vermelho, os Correios vão precisar recorrer a um empréstimo neste ano para conseguir honrar seus compromissos, incluindo salários de empregados e encomendas de fornecedores.
As projeções são de que o dinheiro no caixa da empresa termine no segundo semestre. No ano passado, as indicações são de que a empresa tenha terminado com prejuízo de R$ 2,1 bilhões, em balanço ainda não divulgado oficialmente.
Procurados, os Correios disseram apenas que "adotam as melhores práticas de governança corporativa" e que só iriam se manifestar sobre o balanço após a aprovação pelas assembleia.
Despesas só aumentam
A reportagem do Estado revela ainda que o represamento do preço das tarifas de serviços é um dos principais fatores desse prejuízo recorde. Mesmo com o reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 para as tarifas de entrega de cargas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos Correios no ano passado.