O cerco contra o ex-governador Cid Gomes se fecha. A delação da empreiteira Odebrecht caminha em ritmo acelerado: 52 executivos já contaram tudo que sabiam sobre o pagamento de propina a políticos e o próprio presidente Marcelo Odebrecht depôs por 10 hs. A consequência de tantos depoimentos é devastador para a classe política brasileira.
Inicialmente, a Odebrecht iria delatar 10, depois para 13 governadores e ex-governadores. Neste domingo este número subiu para 20, segundo informou o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no O Globo. Nessa extensa lista surgiram para fazer companhia a Cid Gomes, o governador do Maranhão, Flávio Dino(PCdoB) e o hoje senador mineiro Antonio Anastasia(PSDB).
A imagem pessoal de político honesto e opção para o Planalto em 2018 do ex-governador Cid Gomes está destroçada. A decisão do procurador federal Oscar Costa Filho de indiciar Cid pela participação em fraudes generalizadas com sua empresa Corte Oito Ltda num empréstimo do Banco do Nordeste do Brasil é destaque neste domingo na influente coluna do jornalista Claudio Humberto publicada hoje 50 jornais brasileiros.
Cid Gomes aguarda um posicionemos da Justiça Federal. Terá que contratar advogados e se defender, já que houve também o pedido de indisponibilidade de seus bens no valor dos recursos desviados: quase R$1,4 milhões.
Apesar dessa decisão forte do MPF, Cid não se manifestou. Nada disse nem em entrevistas nem nas redes sociais. Seu irmão, Ciro Gomes também não comentou a inclusão de Cid num esquema fraudulento no BNB.