terça-feira, 10 de junho de 2014

EMBATE PÚBLICO
Ciro Gomes e Capitão Wagner trocam acusações e insultos na internet


Na noite desta segunda-feira (09) publicou-se na imprensa cearense uma gravação em que o vereador de Fortaleza Capitão Wagner (PR) relata um suposto convite feito a ele para que assumisse a vaga de vice na chapa de Eunício Oliveira (PMDB) nas próximas eleições ao Governo do Estado.  Com sua negativa, o convite teria sido refeito para que o mesmo aceite o comando da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS/CE) se a candidatura do peemedebista for vitoriosa.  Em seguida, outra gravação é publicada, desta vez com a voz do senador Eunício assumindo o encontro com o vereador Capitão Wagner, da mesma forma que realizou com membros de outros partidos, mas negando qualquer convite feito para o ingresso dele na possível futura gestão do Executivo.

As notas relatando uma possível aliança entre o PR de Fortaleza e o PMDB repercutiram entre os membros da oposição à candidatura de Eunício Oliveira. Na mesma noite, o secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PROS), publicou, em seu perfil particular no Facebook, uma pesada crítica à suposta indicação do vereador para o comando da polícia do Estado.  

“Muito coerente pra quem faz sua imensa fortuna vendendo segurança privada nomear um vereador investigado por chefiar milícia pra secretario de segurança pública. Ou seja, um vereador, capitão chefe de delegados e coronéis e um chefe de milícia encarregado da segurança pública!”, disparou Ciro.





Nesta quarta-feira (10), Capitão Wagner utilizou de todos os meios disponíveis para rebater a acusações de Ciro. Na sessão da Câmara de Fortaleza, o vereador alegou ter sido vítima de um grampo telefônico, já que a gravação, em que ele aparece relatando o suposto convite de Eunício, teria sido retirada de uma ligação feita por Wagner a um de seus assessores.

“Fui grampeado por um equipamento público, caríssimo, chamado de Guardião, que foi comprado para grampear os bandidos e elucidar os crimes”, declarou o vereador, que denúncia o uso político do mecanismo por parte da “família Ferreira Gomes”.

Em seu perfil no Facebook, Capitão Wagner publicou: mais uma vez ele (Ciro) me chama de chefe de milícia sem provas. Nós temos relatos na crônica policial de vários políticos envolvidos em orgias regadas a cocaína, bebidas, prostitutas e meu nome não aparece em nenhum desses relatos. Se não tivéssemos uma Assembleia Legislativa tão submissa vc já estaria no presídio da Papuda. O parlamentar também alegou ter sido impedido de participar da cerimônia de formatura de 927 PMs, realizada no Centro de Eventos do Ceará.

Ciro, por sua vez, lançou uma tréplica, via Facebook, justificando: só me troco com esse frouxo porque está em jogo o futuro do Ceará. O secretário alega que tem como provar que o vereador é investigado por chefiar uma milícia que, de acordo com ele, “fez a cidade de Fortaleza refém de gangs durante os dias de motim que realizou com o apoio de outros marginais infiltrados na Polícia Militar”. Para o secretário, o próprio vereador publicou a gravação afirmando que foi convidado para assumir a SSPDS. Ciro encerra afirmando que processará, novamente, o vereador Capitão Wagner, e defendeu-se declarando que nunca usou drogas na vida.

Nenhuma das acusações trocadas pelos envolvidos permanece registrada na rede social.

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