Cid Gomes fala sobre cemitério de hilux : ‘carros precisam ser descartados e substituídos’

Um dia após anunciar licenciamento do Governo do Estado para tomar a dianteira da campanha de Camilo Santana (PT), Cid Gomes (Pros) já mostrou porque é peça fundamental nesta reta final da corrida pelo Executivo Estadual.  Em sua página pessoal no Facebook, o governador começou a responder às críticas dos adversários à sua gestão, que respingavam, inevitavelmente, nas pretensões palacianas do petista.

Na manhã desta terça-feira (23), Cid Gomes comentou sobre o "cemitério de hilux", denunciado, no final de agosto, na propaganda eleitoral de Eunício Oliveira (PMDB): um galpão localizado no bairro Ancuri, no qual estavam alocadas mais de cem viaturas da Polícia Militar abandonadas por falta de manutenção.

Na rede social, o governador assumiu o sucateamento dos veículos, mas apontou como natural o descarte, e informou que as viaturas já foram leiloadas e substituídas.  “Carros não duram para sempre e precisam ser descartados e substituídos. É isto que fazemos: os veículos sucateados foram leiloados ontem e ontem mesmo, todas as viaturas do Ronda de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Pacajus, Juazeiro e Sobral foram substituídas por novas”, escreveu.

Faltando doze dias para as Eleições, o governador pretende repetir seu feito em 2012, quando pediu licença de seu cargo e contribuiu significativamente para a vitória de Roberto Cláudio na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.

O anuncio do licenciamento de Cid Gomes foi feito, em entrevista, durante a cerimônia de entrega de viaturas à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), na manhã dessa segunda-feira (22). A data para o afastamento ainda não foi definida, mas a previsão é a de que ele deixe o posto até o final de semana.

No domingo (21), o governador já havia rompido o silêncio e comentado a reportagem da revista IstoÉ que o liga ao ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa. Também via Facebook, Cid se disse injustiçado e abatido diante da impotência, e definiu a denúncia como uma armação vil e covarde encomendada para confundir a opinião pública com a finalidade de enfraquecê-lo neste momento de disputa eleitoral.