No Ceará, Ciro acusou o senador Eunício de pagar a ISTOÉ
para que a revista veiculasse matéria que desabona a imagem de Cid.
As cúpulas do PROS, PMDB e do PP atribuem o último vazamento
de nomes revelados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na
Operação Lava Jato, a uma operação do PT para retirar o foco do governo Dilma, principal
alvo da delação premiada, e pressionar os aliados a participarem da “operação
abafa” durante o depoimento do ex-diretor na CPMI da Petrobras.
A revista ISTOÉ desta semana trouxe à tona outros nomes,
além dos já divulgados, citados pelo ex-diretor em delação à Polícia Federal.
Da lista, consta o nome do governador do Ceará, Cid Gomes, além do deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco
Dornelles (PP-RJ).
No Ceará, o secretário de Saúde do Estado e irmão do
governador Cid, Ciro Gomes, foi além e acusou o senador Eunício Oliveira (PMDB),
postulante ao Governo do Ceará, de pagar a ISTOÉ para que a revista veiculasse
matéria desabonando a imagem de Cid Gomes, como forma de prejudicá-lo neste
momento de disputa eleitoral, uma vez que o governador é o principal
articulador do rival de Eunício na disputa pelo Abolição, Camilo Santana (PT).
Logo após publicação, à pedido dos advogados do governador,
a revista foi tirada de circulação pela Justiça e todas as edições liberadas foram
recolhidas. A decisão de Cid Gomes ganhou destaque e foi criticada
nacionalmente, por ter sido interpretada como censura à imprensa.
No comentário publicado em seu Facebook, Ciro Gomes voltou a
questionar o enriquecimento do senador Eunício, atribuindo o aumento de seu
patrimônio ao recebimento de propina. Parte desse dinheiro, disse o irmão de Cid,
foi usado para pagar a ISTOÉ.
“Parte deste dinheiro de propinas foi dado à revista ISTOÉ
para caluniar o Cid exatamente atribuindo a ele o crime que esta quadrilha vem
praticando”, escreveu.
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